domingo, 28 de novembro de 2010

Repensando Humberto Maturana

Como meu TCC se baseou mais nas teorias de Humberto Romesín Maturana, um biólogo PHD, não poderia deixar de fazer uma síntese desse pesquisador onde seu interesse maior é orientado para compreender os seres vivos bem como funciona seu sistema nervoso no universo da sociedade humana.
Esse teórico tem como fundamentação em suas ideias e pesquisas, a formação humana através do amar e conhecer, ele afirma que a linguagem e as emoções são bases para a convivência humana. Assim passo a entender melhor as reações de meus alunos, eles não tinham um diálogo e sim um bate boca, um querendo ser mais que o outro e não aceitando isso, pois alguns sofriam com esses desmandos, canalizei para a prática da dramatização, do conhecer os personagens e encaminhar soluções para uma melhor apresentação de cada peça de teatro.
Maturana desenvolveu estudos sobre a biologia do Amar e do Conhecer relacionando com o domínio da existência humana, através de cursos, palestras e oficinas. Lançou alguns livros entre eles A árvore do conhecimento onde estabelece a ideia em que fizemos parte de um mundo e não vivemos sozinhos e assim o nosso processo vital é compartilhado e a construção do mundo em que vivemos se dá durante nossa existência.
Humberto Maturana também conclui que o ato de perceber constitui o percebido. O ato de conhecer faz surgir um mundo para aquele que conhece, nomeado por Maturana de observador, que juntamente com esse ato chama a atenção para o fato de que "[...] a experiência de certeza é um fenômeno individual cego em relação ao ato cognitivo do outro, numa solidão que só é transcendida no mundo que criamos junto com ele" (MATURANA; VARELA, 2002, p. 22).
No livro Amar e Brincar, Maturana e Zöller (2004) fazem referência à importância de entender as alterações históricas do emocionar humano em sua relação com o crescimento das crianças. A criança aprende o emocionar e a dinâmica relacional que constituirão o espaço em que gerará sua vida, ou seja, o modo de convivência da cultura em que está inserida. A criança aprende determinados tipos de encontros com o outro.
Esse livro me deu um grande embasamento teórico para realizar meu TCC. Foi através da emoção que houve um amadurecimento de sentimentos e ações de meus alunos. Eles passaram a admirar os colegas sem deboches e ofensas. Agora eles conversam mais, trocam ideias e mudam de grupos para apresentação de suas peças teatrais.
Realmente, as mudanças aconteceram e conseguem se sustentar pois as alterações no emocionar realmente aconteceu entre essa turma de alunos que até então praticavam o Bulling.

domingo, 14 de novembro de 2010

MUDAR OU ACOMODAR?

Pipoca ou piruá de Rubens Alves me fez refletir mais sobre a força que o poder exterior tem sobre a minha vida.
Quando iniciei o estágio e assim teria que aplicar mais as aprendizagens adquiridas durante o curso, o momento de reflexão foi bem maior que em outros momentos até então surgidos em minha profissão.
Entrei em conflitos comigo, com minhas atitudes e com o fato de que sempre fui elogiada pelo meu trabalho e de repente trazer mais mudanças para a minha sala de aula, como será que o meu lado profissional seria visto?
Ao surgir o teatro como uma técnica preferida por meus alunos e a mesma estava melhorando a aceitação dos colegas como eles são e isso fazia com que a convivência entre colegas fosse melhorada. O teatro faz desacomodar, mexe com a ordem de uma sala de aula tradicional e o agito se faz presente.
Pela minha força de vontade de ser mediadora de uma mudança na minha turma de alunos indisciplinados e que praticavam o Bulling, me fiz ser a pipoca, dito por Rubens Alves consegui estourar sem jamais me recusar e assim me arriscar a continuar sendo um piruá que se recusa a se transformar, a ter receio do desconhecido.
Podemos dizer que o teatro não é nada novo nas escolas, mas posso afirmar que a prática realizada em minha turma onde houve mudanças positivas as quais ajudaram na aceitação entre os colegas, eles começaram a entender as diferenças se colocando na vida dos personagens e aceitando suas diferenças.
Refletindo Rubens Alves:
(...) Terminado o estouro alegre da pipoca, no fundo da panela ficam os piruás que não servem para nada. Seu destino é o lixo. Quanto às pipocas que estouraram, são adultos que voltaram a ser crianças e que sabem que a vida é uma grande brincadeira..."

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A criança em processo de conhecimento

No texto “O Aprender como Transformação Estrutural na Convivência”, de Humberto Maturana, teórico esse o qual me baseei para desenvolver meu trabalho de conclusão de curso, foi um dos temas de um fórum do eixo Vll.
Foi proveitoso reler os comentários de meus colegas, professoras e meus entendimentos ficaram mais claros, consegui relacionar o que estudei naquele período com o que estou vivendo agora.
No livro de Maturana com Varela “Árvore do Conhecimento”, os autores afirmam que a vida é um processo de conhecimento; assim se o objetivo é compreendê-la, é necessário entender como os seres vivos conhecem o mundo, isto é a biologia da cognição.
A importância do amar e conhecer que Maturana menciona em suas entrevistas deve fluir naturalmente na convivência com a criança, o adulto principalmente na pessoa do professor que ele confia muito, preciso ser aquele em que o aluno nunca irá duvidar de sua palavra ou ação, eles terão assim uma relação de reciprocidade voltada para a amizade e zelo. É claro que temos alguns problemas em sala de aula, mas o professor afetuoso sempre irá além para, pelo menos, tentar ajudar seu aluno.
Quando Maturana fala em estrutura que se transforma na interação com o meio (transformação estrutural na convivência), ele está dizendo que a gente se transforma corporalmente, cognitivamente, afetivamente (tudo junto, não tem como separar)
Podemos tomar como exemplo aquela criança desenvolta, falante que é segura de si, conseguirá dramatizar com mais facilidade do que aquela que é tímida e vítima de Bulling, onde o teatro poderá entrar na sua vida mas de uma maneira diferente, aos poucos, através da motivação e outros mecanismos, foi assim que aconteceu com minha turma de alunos.
Este é um exemplo das transformações estruturais na convivência provocadas pela interação com o meio. Não podemos deixar de pensar que não há uma determinação do meio, sendo que irá depender de cada um, da estrutura e da postura do sujeito.

domingo, 31 de outubro de 2010

Aprendendo e Transformando as relações

De acordo com o texto “ O Aprender Como Transformação Estrutural Na Convivência”, de Luciane Corte Real corroborando com as ideias de Humberto Maturana, a convivência se entrelaça com o emocionar adquirindo uma estabilidade que leva a uma consensualidade.
As afirmações acima aconteceram com a minha turma, onde faço o estudo de caso para o meu TCC. Eles a partir do teatro tiveram uma convivência diferenciada, adquiriram o hábito de dialogar com o outro, onde assim como admiravam suas atuações, o grupo aceitava suas críticas construtivas.
Se levarmos isso ao cotidiano das relações entre a professora e seus alunos, também podemos verificar que tais emoções condicionam posições frente à aprendizagem, onde o coleguismo fala mais alto que alguns preconceitos que ali existiam e aos poucos foram se transformando. Eu não preciso mais parar nossas atividades de estudos e dar um “discurso” sobre a prática do Bulling, eles agora se cobram bastante e já identificam e assumem seus erros.

domingo, 24 de outubro de 2010

Mudança de Relacionamento

Encontrei no texto de Liseane Silveira Camargo, "Reflexões sobre a moralidade na Escola", trabalhado na Psicologia II do eixo VI, onde a autora desenvolve conceitos que estou trabalhando no estudo de caso do meu TCC.
Esse texto ressalta o desenvolvimento moral da criança, o qual a mesma trás de casa e vai se ajustando através da convivência com o outro.
As relações sociais vão se desenvolvendo, se ajustando de acordo com a cooperação refletindo através da moralidade e respeito ao seu próximo.
Piaget aput Camargo,2004,p.22, "entende que o conhecimento não é inato, mas que existem condições adquiridas a priori e desenvolvimento na relação com os objetos e pessoas".
A moralidade, ao ser estudada por Piaget (1994), indicou duas principais formas de estabelecer relações e respeito, uma permeada pela coação adulta e pelo respeito entre ambos os lados e outra que predomina a cooperação, a recíprocidade e o respeito mútuo.
As relações de cooperação necessitam de comprometimento de ambos os envolvidos, o que só é possível a partir da compeensão do sistema de regras em que se está inserido.
A criança é muito mais receptiva e favorável as mudanças do que o adulto. Em minha turma de estágio essas mudanças aconteceram assim, o que antes eles não aceitavam em seus colegas e se achavam perfeitos, começou a mudar e o relacionamento entre os alunos do estudo de caso do meu trabalho, tomou outro rumo e as transformações aconteceram.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Amar e Brincar- Transformações na Convivência entre as crianças

Nessa retomada do quinto eixo de estudos, achei na interdisciplina de Psicologia da Vida Adulta, o texto sobre as Transformações na Convivência Segundo Maturana da nossa professora Luciane M. Corte Real.
Esse texto vem de encontro com minhas pesquisas, dentro do referencial teórico onde lanço mãos das ideias de Maturana, para assim desenvolver meu trabalho de conclusão de curso.
Para Humberto Maturana a formação humana através da biologia do amar e do conhecer, se sustenta na fundamentação das emoções sendo essa a base para a convivência humana.
Segundo o autor as pessoas constroem o mundo em que vivem, compartilhando com o outro dando muito valor aos nossos atos.
Um dos livros que adquiri para leitura e uso no referencial teórico de meu TCC, Amar e Brincar, Maturana e Zoller (2004) onde menciona que a criança aprende o emocionar e a dinâmica da convivência em sociedade.
No livro Amar e Brincar fundamentos esquecidos do humano, encontramos a ideia de que não podemos predeterminar que uma criança cresça como um ser que viva em respeito por si mesma e pelo outro, chegando a ser um adulto socialmente responsável (p.19).
E é assim que o meu TCC está se encaminhando, buscando esclarecer como aconteceram as transformações de convivência da minha turma do 4º ano através do teatro.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

VOLTA AOS TRÊS PRIMEIROS EIXOS



Refletindo as aprendizagens dos três primeiros eixos do curso, pude em muitas interdisciplinas resignificar minhas ideias e muitas vezes a minha prática pedagógica.
É claro que por mais que tivesse a prática de sala de aula algo estava me faltando e era no caso a teoria, através da referência e argumentações que os professores estavam e continuaram a me esclarecer durante a caminhada.
Relembrando alguns textos e questões para a elaboração de trabalhos nesses eixos posso citar:
Cadê a certeza que estava aqui? De Cleci Maraschin. O texto levanta a questão de como podemos saber com certeza o que, porque e como devemos ensinar para os nossos alunos de hoje para que, daqui a dez ou quinze anos, possam viver como cidadãos conscientes, críticos, capazes de enfrentar os desafios do seu tempo.
Computador na escola: um brinquedo a mais? De Bruno Vitale, o qual foi usado como um texto reflexivo, sobre o uso do computador no ambiente escolar.
Considerações em torno do ato de estudar! De Paulo Freire, onde vemos que estudar não é um ato de consumir ideias, mas de criá-las e recria-las.
Para conhecer Saramago, uma pesquisa com dados pessoais do autor, onde busquei informações sobre a vida dele e assim tive conhecimento daquele o qual estudaríamos alguns de seus contos.
Questões conceituais sobre projetos o que se entende e para que servem? Currículo, didática, projeto político pedagógico e normas que norteiam o campo pedagógico.
A escola do futuro, onde em cima desse contexto atual, repensamos as nossas próprias vivencias, o papel do educador frente à era tecnológica.
O Conto da Ilha Desconhecida de José Saramago. Esse conto representou para mim o desafio, a luta e a superação de obstáculos, comparando o que estou vivendo agora, sendo aluna da UFRGS.
O Despertar, um texto que também fez repensar a minha prática pedagógica, e estar aberta a transformações.
O texto: ‘’ Os professores enquanto sujeitos do conhecimento’’ de Maurice Thardiff, o qual tem como princípio o saber fazer, a formação e o conhecimento do professor no ambiente escolar.
Assisti ao filme “A Escola de Rock” realizando algumas anotações sobre a prática educativa apresentada no filme, comparando com a minha sala de aula e lançando mão de uma postura reflexiva quanto aos desafios nas transformações de convivência dos personagens atuantes no filme.
As teorias de Émile Durkheim – Como as ideias do autor podem nos auxiliar no mundo?
Além de Durkheim que não desenvolveu métodos pedagógicos, mas suas ideias ajudaram a compreender o significado social do trabalho de um profissional. Outros autores como Engels e Marx, amigos e companheiros na luta contra a dominação dos poderosos e a favor dos assalariados, das causas sociais. Weber reproduziu em suas ideias três tipos de dominação legítimos: dominação legal, tradicional e carismática e acentuou que o político precisa ter paixão pelo que faz.
Ouso agora, fazer uma análise crítico-reflexiva da contribuição dessas mudanças na minha caminhada docente. Sou capaz de comparar a teoria com a prática desenvolvida em sala de aula. Sei que meu aluno, assim como eu que me vejo na situação de estudante, vem com alguma bagagem, mas precisa de mais elementos que o façam crescer. Isso tudo, vem de encontro com um dos pensamentos de Paulo Freire o qual li no livro “Pedagogia da Autonomia”: Todos devem ser respeitados em sua autonomia sendo, portanto a auto avaliação é um excelente recurso para ser utilizado dentro da prática pedagógica. Educadores e educandos necessitam de estímulos que despeitem a curiosidade e em decorrência disso a busca para chegar ao conhecimento.

sábado, 25 de setembro de 2010

Desenvolvendo sua autonomia para a participação


A Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire foi um convite à leitura, da interdisciplina Seminário Integrador lV.
Esse livro retrata os saberes necessários à prática educativa onde, segundo o autor, “ninguém é sujeito da autonomia de ninguém”.
Sendo assim meus alunos mudaram para melhor o convívio entre eles, fortalecendo sua autonomia, se engrandecendo como gente que participa, tem capacidade e sabe valorizar o outro.
"...uma pessoa progressista, que não teme a novidade, que se sente mal com as injustiças, que se ofende com as discriminações, que se bate pela decência, que luta contra a impunidade, que recusa o fatalismo cínico e imobilizante, não seja criticamente esperançosa."
Percebo que o aluno que consegue participar com mais facilidade da atividade teatral, desenvolve melhor sua autonomia, sua capacidade de perceber o outro valorizando a atuação de cada um.

sábado, 18 de setembro de 2010

TEATRO NA ESCOLA

No eixo III dentre as interdisciplinas estudadas, tivemos “Teatro e Educação” com a professora Ana Cecilia de Carvalho Reccziegel.
Reli os textos adicionados na biblioteca do Rooda e pude perceber que poucos vinham ao encontro da minha investigação para o TCC, mas um deles me ajudou a refletir na mudança de atitude que meus alunos tiveram com a prática do teatro em sala de aula.
O texto que tem como titulo O Ensino do Teatro na Escola de Nádia Herter Mancuso menciona que com a lei 9394/96 revogam-se as disposições anteriores e a ARTE é considerada obrigatória na Educação Básica, ela cita que: “O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos” Art. 26 & 2º (Pág. 3-parágr. 3 º).
Assim o teatro começa a ter mais importância na educação e os alunos conseguem ter mais oportunidade de mostrar ou até mesmo de desenvolver seu talento.
O primeiro parágrafo da página 7 diz que “As atividades de teatro eram reconhecidas quando faziam parte das festividades escolares, das celebrações religiosas ou das comemorações de inicio ou final de recesso escolar...” Os alunos tinham que decorar falas e gestos e isso eram automáticos sem pensar, sem criar.
Refletindo essas partes do texto posso afirmar que com essa turma foi diferente. Eles criavam os textos, ensaiavam e na hora da apresentação a improvisação era bastante marcante, como ainda é, eles possuem a habilidade do improviso sem sair do tema proposto no texto criado por eles.
Acredito que a admiração que agora eles possuem uns pelos outros, pode ter vindo da valorização que nasceu pela importância que cada um tem para outro, ao descobrir que todos possuem sua capacidade singular de contribuir com o fechamento de cada cena da história criada pelo grupo.

sábado, 11 de setembro de 2010

ARTICULANDO MEU TCC COM O EIXO lI

Como meu TCC tem como tema a construção espontânea de textos para a apresentação de histórias, através do teatro. Constatei que o que poderia me auxiliar nesse eixo de estudos é o texto sobre construtivismo.
Esse texto trás o conceito de construtivismo onde podemos ter em mente a ideia de que nada está pronto, o conhecimento não é dado como algo terminado. Ele se dá pela interação do individuo com o meio físico e social e se constitui por força da sua ação. (texto “O QUE É CONSTRUTIVISMO”?Fernando Becker) -Desenvolvimento e Aprendizagem sob o enfoque da psicologia l- Prof. Paulo Francisco Slomp- Pag2 ultimo paragrafo.
Podemos nos perguntar o que isto tem a ver com o tema do meu trabalho. Posso dizer que a ligação é que nada poderia ter acontecido sem antes meus alunos terem a capacidade da criação, da construção.
De um projeto de estudos eles criaram textos, dramatizaram, se integraram, se conheceram mais e isso fez com que se aceitassem de uma maneira menos agressiva. Como? Por quê? É essa resposta que estou buscando teoricamente e que pretendo construir até o final de meu TCC.
Se essa fosse uma turma que não buscasse seu próprio conhecimento, talvez o trabalho com eles se tornaria muito mais difícil até chegar a esse estágio. Eu teria primeiro que descobrir essa capacidade deles para depois sugerir esse tipo de trabalho e constatar os efeitos positivos.

sábado, 4 de setembro de 2010

ARTICULANDO O TCC COM O EIXO l


Quais as transformações de convivência, que assim foram possibilitadas pela prática do teatro em sala de aula, será o tema do meu TCC nessa reta final do curso de pedagogia das séries iniciais do ensino fundamental.
Relendo o texto “Cadê a certeza que estava aqui?” de Cleci Maraschi no Seminário Integrador I, me chamou a atenção quando a autora cita o descontentamento do professor e a falta de motivação não só pelas circunstâncias do cotidiano de um professor nada valorizado por seu trabalho tão importante na vida das pessoas, como também pela rebeldia e indisciplina de alguns alunos.
Comparei a desmotivação, a angústia do mestre com a do aluno. Muitas vezes a criança repassa essa amargura em sua convivência com outro(s) colega(s) e precisa de algo para extrapolar e dependendo de sua atuação ele começa a ver e a ser visto de outra maneira.
No primeiro parágrafo da página 4, desse texto há uma citação de Piaget onde ele diz que “a vida é constante movimento. O equilíbrio e a compensação das diferenças é o movimento”.
Piaget nos dá um exemplo bastante interessante que é o “andar de bicicleta. Como garantimos o equilíbrio ao andar de bicicleta? Só nos movimentando! Assim é a vida, e o nosso psiquismo. Para viver precisamos trocar, e a vida é a permanência das trocas...”.
Segundo Piaget,” não nascemos com faculdades mentais, com qualidades e conteúdos específicos, mas com a capacidade de aprender e de descentrar. E essa capacidade deve ser exercitada por nós professores. A ideia de que o nosso trabalho tenha essa dimensão lúdica, não só para os alunos, mas para nós mesmos. “O principal obstáculo aos professores se tornarem aprendizes é a sua inibição com relação à aprendizagem” (texto Cadê a certeza que estava aqui? De Cleci Maraschi, Seminário Integrador l, 1º parágrafo da página 6).
Assim posso evidenciar que meus alunos de estágio, iniciaram uma mudança no que diz respeito a convivência entre eles, no movimento corporal, uma melhor aceitação do outro através da troca de conhecimentos e ações, sendo o teatro um meio de aproximação e admiração entre eles.
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domingo, 29 de agosto de 2010

EIXO IX/2010/TCC


A proposta para inicio de trabalho em nosso portfólio me fez refletir inúmeras vezes, quanto a minha escolha do tema do meu TCC.
Se detiver num único assunto, sendo que tratamos dos mais variados desde o início do curso, tornou-se uma tarefa nada fácil de ser cumprida.
Mas minhas postagens semanais em meu blog portfólio me ajudaram a refletir sobre o que me angustia na educação em geral, em especial em minha sala de aula e também o que mais chamou atenção positivamente em meus alunos.
Pensando assim posso dizer que poderia elaborar um trabalho sobre como lidar com a indisciplina nas séries iniciais, o convívio escolar sem rótulos (Bulling), na procura da sua própria aprendizagem (autonomia, construção e cooperação), limites e afetividade.
Algo prático, interessante e que fez o diferencial, pois estava presente sempre que possível nessa turma de estágio foi a dramatização. A arte cênica trouxe vida para os conteúdos estudados. Qualquer texto recebido ou elaborado por eles acabava virando uma peça de teatro.
Quando fomos assistir o teatro da “Caravana da RGE” eles ficaram encantados com os personagens, com o ensinamento da peça, com as músicas, era arte cênica através de músicas. Os alunos saíram de lá comparando com seus teatrinhos de aula, “-Mas dá pra fazer teatro cantando também”. Foi muito bom talvez eu possa aprofundar esse tema integrando com pesquisas para informações, a prática com meus alunos e as interdisciplinas estudadas nesse curso e o que mudar dentro deles e em suas atitudes.
Espero as orientações das professoras para assim aprofundar minhas buscas bibliográficas.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

COMO TRABALHAR COM A INDISCIPLINA EM SALA DE AULA?

Primeiramente para trabalharmos essa problemática em sala de aula, precisamos conhecer os prováveis motivos da indisciplina desses alunos.
Essa rebeldia de alguns que afeta uma turma, pode ser de ordem externa.
Ela pode ser causada por problemas familiares, inclusão escolar ou social, proteção em excesso pelos pais, influência muito forte por personagens violentos que tornam-se seus ídolos deixando os professores de mãos atadas.
Mas não podemos deixar de fora as causas que podem vir de disfunções entre a escola e o aluno.
Uma das coisas que devemos tentar evitar é que o aluno tenha uma imagem negativa de sí próprio, que ele se ache uma pessoa má, perversa e indelicada.
Assim como muitos querem ser os bons em alguma coisa, os alunos rebeldes podem desejar e gostar de ser os melhores entre os "maus".
Acredito que não há um padrão, uma estratégia a seguir quando o aluno é indisciplinado, ainda mais na época em que vivemos, onde o professor está perdendo cada vez mais sua autonomia.
Cada situação é unica e cabe ao professor ter um comportamento que não reforce a violência, a revolta que seu aluno já trás consigo.
Devemos sim chamar o aluno a sua responsabilidade e mostra-lhe que precisa cooperar para assim se ajudar.
Além de tudo o que nós professores realizamos em sala de aula, para que alunos rebeldes não atrapalhem as aulas, precisamos de apoios externos onde os setores, tanto pedagógico, quanto o disciplinar precisam estar lado a lado nos acessorando e nos dando respaldo quanto aos problemas existentes com nossos educandos.

sábado, 19 de junho de 2010

INDISCIPLINA EM SALA DE AULA

A questão da indisciplina preocupa muito a comunidade escolar, é um dos temas relevantes que nos mobiliza a procurar respostas e soluções quando alunos não repeitam mais a sala de aula e consequentemente a escola onde estudam.
O ato de lecionar requer muitas habilidades e com elas a capacidade de segurar de uma maneira ou de outra os alunos em sala de aula, fazendo com que os mesmos adquiram uma postura saudável de educando capaz de buscar sua própria aprendizagem.
Mas ao agir assim, os professores sentem-se fragilizados e começam a buscar respostas para o proceder de seus alunos indisciplinados surgindo indagações como: "Como devo proceder?" "Será que minhas aulas não motivam ou os alunos são desinteressados mesmos?" "No que devo mudar?" e muitas outras perguntas vão surgindo em nossas mentes que procuram ,no mínimo,não ter dificuldades em se trabalhar com ordem necessária a uma boa aprendizagem.
Segundo Aquino (1998), o aluno-problema é visto, em geral, como aquele que
padece de supostos distúrbios psico-pedagógicos, que podem ser de natureza cognitiva (os tais "distúrbios de aprendizagem") ou comportamental. Nesta última categoria, enquadram-se um conjunto de ações usualmente consideradas como "indisciplinadas". Tal
entendimento leva a que se tome a indisciplina e o baixo aproveitamento escolar como duas faces de uma mesma situação, que além de contribuírem para o fracasso escolar, impõe obstáculos ao trabalho docente.
Na medida que vou escrevendo sobre esse tema, vou refletindo as situações que tenho em sala de aula, alunos nas séries iniciais que já apresentam uma má conduta, prejudicando a sua e a aprendizagem dos demais colegas. O que será desses alunos quando estiverem nas séries finais? Agora eles já acham que dominam a turma, fazem o que querem e os professores pouco podem fazer para tentar melhorá-los, os recursos muitas vezes se limitam na sala de aula, professor- aluno e pouco podemos contar com atitudes externas e ou retornos de trabalhos pedagógicos "realizados" com esses alunos problemas.

domingo, 13 de junho de 2010

POR UMA PEDAGOGIA DIFERENTE

Por mais que erramos, acredito que na busca pelo acerto é que fortaleceremos essa caminhada de alcançar o ponto de partida para ajudar nossos alunos a construir seu próprio conhecimento, tornando essa etapa da vida deles um estudo baseado numa pedagogia diferente.
Se ainda temos uma longa ponte de possibilidades esperando só a nossa passagem, se a vida nos integra sempre a uma possibilidade de reegenerar aquilo que se perde e se não nos ensina a viver sem essa busca,devemos sim ir ao encontro do diferente, nos desacomodar e pagar pra ver, mesmo que tenhamos que responder por nossas ações pois a sociedade está acostumada com a mesmice e a mudança encomoda, envolve todos os seguimentos da escola e muitos acomodados só sabem criticar e não interagir.
Essas palavras são mais constatações ao dialogar com colegas, do que um desabafo pessoal, pois a escola em que estagio sempre deu apoio aos professores quanto as mudanças no proceder pedagógico e isso facilita bastante nosso trabalho.
Segundo os teóricos temos duas opções, ficarmos estagnados no tempo sem perspectivas de mudanças ou sermos aqueles que buscam realmente fazer seu papel de educador participante da vida de seu aluno e de acordo com a segunda alternativa temos que primeiramente nos reciclar, pesquisar o que esses teóricos nos querem passar.
A teoria de Jean Piaget é uma importante referência para entendermos o desenvolvimento e a aprendizagem humana.Precisamos conhecer um pouco as características dos estágios de desenvolvimento,além disso, o autor indica questões importantes para uma possível aplicação da teoria piagetiana na pedagogia.
Segundo Piaget, a criança pré-escolar encontra-se em uma fase de transição fundamental entre a ação e a operação, ou seja, entre aquilo que separa a criança do adulto. Além disso, é uma fase de preparação para o período seguinte (operatório concreto).
"Enquanto fase de transição, o que caracteriza o período pré-escolar? Trata-se de um período com características bem demarcadas no processo de desenvolvimento e que Piaget chamou de pré-operatório. Este período localiza-se entre o sensório-motor e o operatório concreto."
"As considerações acima são de natureza psicológica, ou seja, descrevem o desenvolvimento da criança no período pré-operatório. O professor precisa mais do que isso: quer saber o que fazer com estas informações, como derivar delas uma prática pedagógica. Supomos que esta é uma primeira decorrência: a teoria de Piaget tem um valor de compreensão do processo de desenvolvimento da criança, ou seja, pode instrumentalizar o professor a fundamentar sua prática e compreender a importância dela no cotidiano da sala de aula."
Paulo Reglus Neves Freire, foi um educador e filósofo brasileiro. Destacou-se por seu trabalho na área da educação popular, voltada tanto para a escolarização como para a formação da consciência. É considerado um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica e é o teórico que mais me identifico, acho suas obras magnificas por suas simplicidades e profundidades extremas, suas palavras vão ao encontro do que o povo necessita, parece estar no dia a dia de cada ser humano é algo inexplicável para mim, eu simplesmente sinto e sigo.
Para Maturana a educação para a competição não se constitui em um exercício de caráter natural/biológico, em sua constituição, mas é algo construído culturalmente. Para ele: “a competição não é nem pode ser sadia, porque se constitui na negação do outro (...) A competição é um fenômeno cultural e humano, e não constitutivo do biológico” (Maturana, 1998, p. 13).
O educar se constitui no processo em que a criança convive com o outro e, ao conviver com o outro, se transforma espontaneamente, de maneira que seu modo de viver se faz progressivamente no espaço de convivência onde um aceita o saber fazer do outro.
Vygotsky através de seus estudos sobre as funções psicológicas superiores, nos aponta um controle consciente do comportamento, a percepção, atenção e memória, que não nasce com o ser humano. Esses estudos contribuíram muito com a educação, pois podemos entender com mais clareza a aprendizagem humana e conseqüentemente enriquecer nossas práticas pedagógicas.
Para Vygotsky a mediação é que faz a diferença, ela é o processo que irá interferir na relação de aprendizagem da criança, isto é, deixa de ser direta para ser mediada. É através dessa mediação que as funções psicológicas superiores se desenvolvem no ser humano.
De acordo com o referencial teórico de Vygotsky, podemos dar ênfase ao aspecto cognitivo do jogo: o ser humano se desenvolve a partir do aprendizado, que envolve a interferência direta ou indireta de outros seres humanos.
Para assim acontecer uma pedagogia diferente em nossas escolas, precisamos ter conhecimentos e aprofundamentos teóricos que nos estimulem a prática, muitas vezes praticamos certas atividades como os jogos e não os desenvolvemos com a seriedade que eles merecem, mas façamos o que Vygotsky nos inspira, sejamos mediadores e deixemos que uns busquem nos outros a melhor forma de construir a sua própria aprendizagem.
http://proavirtualg42.pbwiki.com/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Humberto_Maturana
http://www.fotolog.com.br/mayara2306/

sábado, 5 de junho de 2010

O CONVÍVIO ESCOLAR SEM RÓTULOS

Percebe-se que o bullying cresce a cada dia, e infelismente os profissionais dentro da escola desconhecem de um tema tão mostrado pelas mídias!
As agressões morais e descontentamentos que nossas crianças sofrem no ambiente escolar, constrangem e até mesmo reflete na aprendizagem e na auto estima do agredido.
Mas o que será que acontece com o agressor para que o mesmo tenha essas atitudes?
O convívio escolar sem rótulos e brincadeiras violentas como esse desrespeito a individualidade dos colegas, seria bem mais prazeroso, a amizade tornaria a aprendizagem mais fácil de ser assimilada pois uns ajudando os outros, sem medo de ser sinônimo de chacota e insultos.
Na semana passada uma mãe me procurou, querendo saber a minha opinião sobre trocar de turma sua filha, minha aluna, que está com esses mesmos colegas desde o primeiro ano e é rotulada por eles como a medrosa e tudo o que ela tem medo eles a ameaçam e assim ela se atrasa para fazer as atividades pois está sempre em conflito com os mesmos.
Deixei claro pra ela que isso não seria solução e que muita coisa já foi feita em relação a esses alunos, ela concordou comigo e até me contou que em anos anteriores as agressões também eram fisicas e agora ficam nos apelidos, mas que ela, a menina continua se queixando muito.
Estou programando usar recursos para trabalhar melhor e com mais eficácia esse problema, iniciei uma busca de algum video,aceito sugestões, palestra com alguma psicopedagoga,jogos com meus alunos, fazer uma produção de cartilhas, cartazes sobre o tema, criar dinâmicas de grupos e observar mais esses alunos calados comportados por medo e aqueles extrovertidos que mexem com todos.
Segundo Vigotsky (1998),"Pôde-se constatar que cabe à família, mas também ao professor, transmitir e ensinar valores aos alunos, criando uma relação de respeito mútuo e que proporcione o processo ensino-aprendizagem. A disciplina não é uma meta conseguida através de um único fator, mas de todo um sistema de educação, organização e influências às quais os alunos estão submetidos a todo o momento e que interferem no seu comportamento".

domingo, 30 de maio de 2010

TÃO DIFERENTES MAS COM OBJETIVOS EM COMUM

Podemos ser diferentes, pensarmos diferentes, agirmos diferentes mas termos em comum objetivos e metas a alcançar.
Em todas as áreas de vivencias do nosso cotidiano podemos pensar assim, principalmente na educação, mais especificamente em nossas escolas onde somos muitos e realmente somos diferentes, mas na verdade somos iguais em nossos objetivos finais.
As crianças que estão em idade das séries iniciais, ouvem muito seu professor, por mais que não consigam controlar muito os vícios que já trouxeram de suas poucas experiências, eles vão aos poucos se libertando dessas ideias erroneas em que so há uma verdade e geralmente a "deles".
Tenho um grupinho de alunos que posso inclui-los na lista dos que acham que só o que eles dizem pode ser levado em consideração e estão no caminho da prática do Bulling com um colega que entrou depois deles na turma e que fantasia muito as suas afirmações. Estou aplicando algumas tecnicas com eles, trabalhando valores e até mesmo conversando diretamente sobre o assunto com esse grupo, eles tentam se segurar mas sempre acabam retrucando e até rotulando o menino de "seu mentiroso"e isso estava ficando tão forte que a maioria dos colegas não o aceitavam em seus grupos de estudos.
Refletindo Paulo Freire (1987, P.68)"Não há saber mais, nem saber menos, há saberes diferentes".É isso que tento passar para meus alunos, nossos saberes diferentes nos tornam diferentes mas com um mesmo propósito, o de sermos nós mesmos alcançando nossos objetivos de seres que fazem a diferença nesse mundo tão desumano, tão desigual.

sábado, 22 de maio de 2010

NA PROCURA DE SUA PRÓPRIA APRENDIZAGEM

Reavaliando a caminhada dentro dos projetos do meu estágio, posso afirmar que as aprendizagens estão sendo bem significativas tanto para os alunos como para mim.
Ao realizarem as pesquisas na internet,quando é tarefa de casa, os pais estão juntos e já vieram me informar que estão aprendendo muitas coisas também, eles reservam esse tempo para a aprendizagem de seu filho e estão gostando dos resultados "Agora meu filho está gostando de fazer tema..." essa é a fala de uma mãe e as que estavam juntas concordaram com a colocação da mesma.
Na arquitetura pedagógica sobre os animais, nós já descobrimos várias coisas que não sabíamos e eles gostam quando trazem novidades sobre o projeto e eu ainda não sabia com certeza, na verdade tinha dúvidas ou até mesmo nunca tinha ouvido falar a respeito, eles se sentem o(a) professor(a) e isso vem ao encontro de um dos pensamentos de Paulo Freire: "A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria".
Pensando assim posso lançar mãos da arte de ensinar, onde Comênio o pai da didática, pregava a "necessidade além da interdisciplinaridade, da afetividade, ambiente escolar propício e coerência entre família e escola", que é o realmente está acontecendo com a turma nos estudos sobre os PAs.

domingo, 16 de maio de 2010

EDUCANDO SENDO O SUJEITO DE SUA PRÓPRIA EDUCAÇÃO

O ambiente escolar deve proporcionar ao aluno condições para que o mesmo consiga ter seus objetivos de aprendizagem alcançados.
Podemos lembrar Paulo Freire em uma das suas argumentações, em que os professores devem desafiar os alunos a ir além das crenças e suposições de senso comum em relação ao mundo em que vivemos.Ele deixa claro que devemos rejeitar uma abordagem que focaliza o conhecimento experiencial do aluno e abordá-lo contextualmente, inserindo nosso respeito por tal conhecimento.
“Quando saio de casa não tenho dúvida nenhuma de que, inacabados e conscientes do inacabamento, abertos à procura, curiosos, "programados, mas para aprender", exercitaremos tanto mais e melhor a nossa capacidade de aprender e de ensinar quanto mais sujeitos e não puros objetos do processo nos façamos (Freire, 1997, p.65)”. Penso que como diz Paulo Freire todos nós temos a intenção de aprender, e eu acrescento que na turma, no grupo da nossa sala de aula aprendemos com os outros interagindo com todos os envolvidos no processo.
Não posso afirmar que é fácil para todos os educadores, mudarem radicalmente suas aulas, falo por mim que em certos momentos ainda não consigo deixar de lado algumas maneiras de conduzir as buscas da aprendizagem das minhas turmas.

sábado, 8 de maio de 2010

O LÚDICO NA EDUCAÇÃO

Na proposta pedagógica dos educadores atualmente, o lúdico tem contemplado vários aspéctos no que se refere ao desenvolvimento intelectual infantil.
Piaget(1982) revela a importância do jogo em termos de evolução social e crescimento intelectual, classificando-os em quatro categorias: Jogo de exercício, jogo simbólico, jogo de regras e jogo de construção.
Assim constatamos que a ludicidade possue objetivos que estimulam a parte cognitiva até a afetiva, socializando conhecimentos, levando assim o educando a desenvolver seu senso crítico.
É importante a inclusão dos jogos pedagógicos em meio as aulas desenvolvidas em cada semana,não só na Educação Física onde são trabalhadas as atividades recreativas, o aluno aprende brincando, ele busca respostas e aprende a argumentar situações e resultados tanto positivos ou negativos,desenvolve também o espírito de competição, aceitando a sua vitória ou não no jogo praticado.

domingo, 2 de maio de 2010

A COOPERAÇÃO NO PROCESSO EDUCATIVO

Trabalhando com a idéia de cooperação e colaboração, os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem, não são meros espectadores mas são aqueles que participam ativamente e assumem a responsabilidade no que diz respeito a construção dos conhecimentos que querem ter. Todos precisam cooperar e colaborar para que o processo aconteça e transcorra normalmente atingindo assim seus objetivos finais.
Estudando Piaget podemos ter a certeza que em suas teorias ele nos quer fazer pensar em nosso papel de educador, de mediador, aquele que observa, dá condições e estimula o aluno a buscar respostas para seus interesses, observando as fases do desenvolvimento da criança.
Portanto podemos refletir sobre: “Aceitar o ponto de vista de Piaget, portanto, provocará turbulenta revolução no processo escolar (o professor transforma-se numa espécie de ‘técnico do time de futebol’, perdendo seu ar de ator no palco). (...) Quem quiser segui-lo tem de modificar, fundamentalmente, comportamentos consagrados, milenarmente (aliás, é assim que age a ciência e a pedagogia começa a tornar-se uma arte apoiada, estritamente, nas ciências biológicas, psicológicas e sociológicas). Onde houver um professor ‘ensinando’... aí não está havendo uma escola piagetiana!” (Lima, 1980, p. 131).
Será que já estamos preparados para perdermos nosso posto de mestre? Posto daquele que supostamente tem resposta para tudo? E assim o aluno não precisa pensar, buscar é só decorar...Talvez dê menos trabalho.

domingo, 25 de abril de 2010

LIMITES E AFETIVIDADE

Analisando de uma maneira mais ampla, limites e afetividade se completam.
A maioria de nossos alunos indisciplinados são aqueles em que em casa a prática do limite não é usada, é mais fácil liberar do que dizer um não, argumentar com explicações plausíveis e o mais importante manter essa negativa dentro de uma organização afetiva, lançando outras alternativas para uma boa convivência.
Em sala de aula para o professor se torna muito mais difícil, o aluno indisciplinado precisa passar pela etapa de observação, busca de apoios pedagógicos,orientações, esgotar recursos tanto familiar, da própria escola, como os poucos oferecidos pelas mantenedoras das instituições.
Nesse meio tempo de buscas, o professor precisa repensar a sua prática e se possível for, mudar suas estratégias pedagógicas e trabalhando com os PAs fica mais acessível, o aluno se envolve mais na busca do saber.
Segundo o pedagogo Gilson Almeida Pereira, há alguns tipos de professores que ainda não conseguem impor limites sem deixar de lado a afetividade e quando lí o seu blog respirei aliviada, geralmente exijo limites dos alunos mas consigo ter carinho, brincar na hora certa com eles, mesmo tendo alguns que me tiram do sério sempre.
o autor enfoca “o afeto como fator básico para a construção dos valores e limites, chegando ao ideal do respeito mútuo entre os seres humanos”. De acordo com o tipo de ação adotada pelo professor, autoritária ou libertadora, as relações estabelecerão limites de maneira diferente. Por isso, é tão importante o respeito mútuo, o afeto para que se estabeleçam os limites e o respeito às regras. O autor afirma ainda: “ o que não significa que, para ser afetuoso, seja necessário dizer somente sim. O afeto está presente no ato, seja este um afago ou uma negação, seja um elogio ou uma repreensão.” Quando o aluno sente-se respeitado e sabe que existe alguém preocupado com ele, que lhe demonstre afetividade, saberá aceitar quando for repreendido ou quando algo lhe é negado.
Fonte de pesquisa:
http://aprenderinteragindo.blogspot.com/2007/10/limites-e-afetividade.html

domingo, 18 de abril de 2010

UMA CAMINHADA DOCENTE

A caminhada docente de um profissional que sempre luta para acertar, mesmo surgindo pedras em seu caminho e isso é certo que aparece,é um andar consciente de conjunto de fatores e escolhas que certamente influenciam, mas não determinam a ação docente, é possivel repensar sobre nosso modo de ser e agir no mundo em que estamos inseridos.
Nossos alunos, de forma alguma, podem ser as cobaias de propostas pedagógicas que muitos governos impõem aos professores para que esses despejem nos educandos, eu sou consciente e minha caminhada docente me faz refletir quanto ao que o sistema quer me impor, mas aqueles professores que estão chegando novinhos agora, como será que lidam com essas dificuldades? Particularmente aposto neles por possuirem um pensamento inovador, mas será que conseguem enxergar o peso de nossas responsabilidades?
Essa graduação veio a acrescentar a parte teórica que até então eu tinha conhecimento quando participava de alguns cursinhos de poucas horas e algumas leituras, pois sempre me interessei pela caminhada de Paulo Freire na educação de jovens e adultos, mesmo sem nunca ter trabalhado com o EJA, mas sempre dá para canalizar suas idéias também na educação dos pequenos.
É possivel repensar a nossa ação do mundo, percebendo que nossa condição humana impõe uma formação durante toda vida, oportunizando uma educação mais crítica e humanizadora.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

UM EDUCADOR COMPROMETIDO

Um educador comprometido é aquele que acredita na transformação do ser humano, isto é, de seu aluno. Ele prioriza o seu lado profissional como alguém que possue em suas mãos seres que precisam ser encaminhados, direcionados a um objetivo em comum, o da construção de conhecimentos.
Um educador comprometido é participativo,acredita numa educação de qualidade na perspectiva de um mundo melhor, buscando sempre a sua formação continuada.
Acredito que um professor é comprometido na medida que transcende somente o ato de ensinar, buscando uma proposta de cidadania tendo como base a realidade da comunidade escolar a que pertence.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

REFLEXÃO

O cotidiano da sala de aula nos exige sermos e dispormos de criatividades, até mesmo para incentivarmos a construção e reconstrução do saber de cada aluno.
Nossas aulas precisam ter como objetivo resgatar problemas ou questões vivenciadas
no dia a dia escolar e que possa contribuir para a formação do educando.
Essas questões tiradas da prática devem ser discutidas, reelaboradas e repensadas,também precisamos ter a capacidade de organizar, criar e fazer
propostas de trabalho para que sentimos a necessidade de planejar, executar e
avaliar nossa ação pedagógica.
Assim é preciso discutir elementos retirados da vivência da sala de aula, mas também,
mostrar caminhos possíveis; discutir o que diferencia um trabalho pedagógico comprometido,fazendo a união entre escola-comunidade-sociedade, mostrando, dessa forma, que, por trás de cada proposta de trabalho, existe, inegavelmente, uma tomada de decisão, uma reflexão.
Portanto sermos educadores comprometidos com a educação.
Reflexão realizada através da leitura do site:
http://heide.br.tripod.com/HEIDE_31.pdf

sábado, 27 de março de 2010

ARQUITETURAS PEDAGÓGICAS

Essa estrutura de aprendizagem, no meu entendimento, reune diferentes itens que abordam pedagogicamente o saber dos alunos. Esses itens são baseados no uso da própria curiosidade da turma, pesquisas através dos mais variados recursos, confecção de trabalhos artesanais, trabalhos de campo e na própria vivência do educando.Os enfoques temáticos devem se encaixar nas didáticas flexíveis, maleáveis e adaptáveis ao curriculo escolar.
Ao dar o primeiro passo à ação de uma arquitetura pedagógica, o educador parte do lançamento de problemas e formulações de um projeto onde as certezas provisórias e dúvidas temporárias são selecionadas através das curiosidades que levam as investigações, tentando esclarecer as dúvidas e validar as certezas.
Antes de colocar minhas reflexões acima citadas, realizei algumas leituras e os seguintes parágrafos fizeram com que eu procurasse na minha prática docente, no dia a dia, a possibilidade de aplicar num todo as seguintes afirmações:
"O papel do professor é imprescindível no sentido de criação e proposição de arquiteturas e de orientação aos estudantes. Assim, as arquiteturas não prescindem de propostas de trabalho aos estudantes, elas são necessárias para ajudar na construção da autonomia dos estudantes e na construção do conhecimento dos estudantes, apresentando componentes propositivos e oferecendo fontes de informação ricas e variadas.
As arquiteturas não se confundem com as formas de trabalho tradicionais de uso de apostilas, fascículos ou livros didáticos que, na maioria das vezes propõem uma estrutura de trabalho na qual é privilegiada a apresentação de informação e a proposição de exercícios repetitivos, fechados e factuais. Elas pressupõem atividades interativas e problematizadoras, que atuam de forma a provocar, por um lado, desequilíbrios cognitivos e, por outro, suportes para as reconstruções. Dessa forma, as arquiteturas pressupõem aprendizes protagonistas, solicitando do estudante ação e reflexão sobre atividades que pressupõem a criação de estruturas de trabalho interativas e construtivas.
"As arquiteturas pedagógicas trazem em sua proposta um rompimento com a pedagogia tradicional, pois com a inserção de ferramentas tecnológicas proporcionam uma aprendizagem interativa, onde o aluno se torna o sujeito de sua aprendizagem. A construção e aplicação de uma arquitetura pedagógica estaremos nos aproximando dos ideais pedagógicos propostos por Paulo Freire, oportunizando a autonomia de nosso aluno, pois a mesma parte dos conhecimentos, das certezas e dúvidas dos mesmos trabalhando, ela possibilita uma quebra de paradigmas, desestruturando conceitos para após reconstruí-los a partir de testagens, troca de informações. Como foi colocado acima o papel do professor neste processo é o de mediador, questionador, facilitador. O aluno construirá a sua aprendizagem."

http://www.cinted.ufrgs.br/renote/dez2006/artigosrenote/25132.pdf

http://senaedpedagogiaead.wordpress.com/2009/05/31/arquiteturas-pedagogicas-no-pead/

domingo, 21 de março de 2010

NA RETA FINAL

Esse curso direcionado para a linha de nosso saber teórico,me deixou na expectativa de ser uma profissional "diferente",talvez foi essa a vontade que me moveu a enfrentar um vestibular e consequentemente muitas e muitas horas de estudo e nervosismo na hora de apresentar o workshop o qual nunca consegui passar o que realmente queria, com as mãos muito trêmulas sem controle, resumia o que realmente tinha preparado e a frustração tomava conta de mim, engraçado que nos primeiros workshop fui mais tranquila, não posso dizer o mesmo dos que se sucederam.
Mas estou aqui, apreensiva e com muitas idéias na cabeça as quais ainda não estão bem organizadas para serem colocadas em prática.
Desejo a todos nós colegas, tutores e professores um ano de SUCESSO, ALEGRIA e a certeza do que passamos juntos jamais será esquecido.