sexta-feira, 20 de novembro de 2009

PRECONCEITO

A falta de conhecimento sobre determinada questão, contribui para gerar preconceitos.
Mas existem outros fatores como a assimilação de conceitos errôneos, o medo do diferente cria um sentimento de insegurança que pode gerar o desprezo, segregação acarretando a violência psicológica.
A escola tem um papel fundamental no combate ao preconceito, ao participar ativamente da formação das crianças como cidadãos, precisa se preocupar em não reproduzir estereótipos, rotulando alunos e indivíduos da sociedade.
Muitas vezes o aluno vem de casa com a idéia de que cada um deve ficar em seu ambiente definido, sem dar a oportunidade da interação dos ditos "diferente" com os que estão dentro dos padrões de igualdade.
Ter preconceito significa formular conceitos e opiniões antes de conhecer a realidade.O preconceito nasce quando um certo grupo ou indivíduo defende sua identidade como sendo a única, a do outro não é válida por ser diferente.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

O MENINO SELVAGEM

A educação da pessoa surda é enfatizada por duas faces distintas, uma que é chamada de modelo clínico e o outro de sócio- antropológico.
O clínico propõe uma terapia para o desenvolvimento da fala e a cura para a surdez e o sócio- antropológico enfatiza a cultura surda, língua de sinais e a comunidade surda.
A história do MENINO SELVAGEM faz-nos pensar na receptividade do tratamento que a criança surda tinha antigamente, ela sem entender nada era tido como um doente mental, um indivíduo que precisava de tratamento psiquiátrico, não tinha direitos como um ouvinte, de tudo era tolido, não tinha vez por acharem que não tinha “voz”.
Como o menino selvagem, o surdo era sinônimo de curiosidade, medo, tidos como pessoas estranhas, sem perspectivas de futuro promissor.
Como Victor, o menino selvagem, não esboçava a menor reação quando eles tentavam chamar-lhe a atenção, foi diagnosticado por antemão como uma criança surda.
Esse tratamento que o menino Victor recebeu foi o mesmo dispensado aos surdos por muito tempo, eles foram rotulados como incapazes por décadas e a meu ver, os incapazes são aqueles que não conseguiram e não conseguem ver a realidade, onde os surdos possuem seus espaços e domínios, passaram trabalho e discriminação, mas conquistaram com sabedoria e persistência essa luta por se fazer entender.
Itard compreende que se trata de uma situação excepcional: um adolescente privado de educação por ter vivido afastado dos indivíduos da sua espécie.
No filme o médico Jean Itard, se propôs a disciplinar e ensinar tudo o que ele achava que o menino era capaz, principalmente falar, ler e ser civilizado. Seus métodos eram de compensar e castigar conforme o resultado final de cada sessão de aula.
Jean Itard usou o modelo clínico que trabalha o desenvolvimento da fala, através de automatismos comportamentais utilizando-se de uma pedagogia fundamentada na observação e experimentação.
O filme nos deixa em dúvida se o menino é surdo, se é assim por causa da falta do convívio com a civilização ou até mesmo autista, mas acredito que de qualquer maneira ele deveria ser bem tratado como um ser humano digno e merecedor do amor e compreensão de todos.

domingo, 8 de novembro de 2009

Alunos da Educação de Jovens e Adultos.

A reflexão sobre o ensino e a aprendizagem da clientela dos alunos da EJA e os conceitos de educação inseridos nesse processo, nos levam a pensar num proceder onde os fatos vão acontecendo, as necessidades surgindo e pedem um encaminhamento para a solução. As dificuldades precisam ser identificadas e trabalhadas, valorizando assim as experiências de vida dos alunos.
Esses alunos possuem uma história de vida diferenciada, podemos considerá-los um grupo homogêneo, pois suas características se assemelham culturalmente na sociedade em que vivem ou de onde vieram.
A falta de sintonia entre a escola e os alunos que a freqüentam, dificultam a permanência da clientela da EJA no curso.
A ordem socioeconômica pode impedir que os alunos se dediquem plenamente ao programa.
A escola desenvolve suas atividades baseadas em regras que não são parte do conhecimento do senso comum, atrapalhando o bom andamento da vida escolar desses alunos.
O aluno da EJA é geralmente o migrante que chega às grandes metrópoles provenientes de áreas rurais empobrecidas, filhos de trabalhadores rurais não qualificados e com baixo nível de instrução escolar, ele próprio com uma passagem curta e não sistemática pela escola e trabalhando em ocupações urbanas não qualificadas, após experiência no trabalho rural na infância e na adolescência, que busca a escola tardiamente para alfabetizar-se ou cursar algumas séries do ensino supletivo.
Ele é também um excluído da escola, mas com chances maiores de terminar o ensino fundamental rapidamente.
Refletir como esses jovens e adultos pensam e aprendem envolve, portanto, transitar pelo menos por três campos que contribuem para a definição de seu lugar social: a condição de não criança, de excluídos da escola e a condição de membros de determinados grupos culturais.
Eles trazem consigo maior capacidade de reflexão sobre o conhecimento e sobre os seus próprios processos de aprendizagem por se encontrar numa etapa da vida, diferente das crianças.

domingo, 1 de novembro de 2009

PLANEJAMENTO- REFLEXÃO

Um plano é tipicamente um procedimento utilizado para alcançar uma meta. É um conjunto de ações que visam, através da qual se espera alcançar um objetivo.
O planejamento é um processo que exige organização, sistematização, previsão, decisão...
Do ponto de vista educacional, o planejamento é um ato político-pedagógico porque revela intenções e a intencionalidade, expõe o que se deseja realizar e o que se pretende atingir.
O que é importante, do ponto de vista do ensino, é deixar claro que o professor necessita planejar, refletir sobre sua ação, pensar sobre o que faz, antes, durante e depois.
É essencial enfatizar que o planejamento de ensino implica, especialmente, em uma ação refletida.
O professor elaborando uma reflexão permanente de sua prática educativa.
Assim o planejamento de ensino tem características que lhes são próprio, isto, particularmente, porque lida com os sujeitos aprendentes, portanto sujeitos em processo de formação humana.
Decidir, prever, selecionar, escolher, organizar, refazer, redimensionar, refletir sobre o processo antes, durante e depois da ação concluída. O pensar, em longo prazo, está presente na ação do professor reflexivo. Planejar, então, é a previsão sobre o que irá acontecer, é um processo de reflexão sobre a prática docente, sobre seus objetivos, sobre o que está acontecendo, sobre o que aconteceu. Por fim, planejar requer uma atitude científica do fazer didático-pedagógico.
O professor deve refletir didaticamente sobre sua prática, pensar no cotidiano sobre o saber fazer em sala de aula, para não escorregar na mesmice metodológica de utilização dos mesmos recursos e das invariáveis técnicas de ensino.
É importante que o professor estude sobre essa temática, uma vez que há uma diversidade metodológica que pode ser trabalhada em sala de aula e/ou numa situação didático-pedagógica. Exemplo: exposição com ilustração, trabalhos em grupos, estudos dirigidos, tarefas individuais, pesquisas, experiências de campo, sociodramas, painéis de discussão, debates, exposição com demonstração, júri simulado, aulas expositivas, seminários, ensino individualizado e outros.