terça-feira, 13 de outubro de 2009

"Seu Nome é Jonas"

O nosso grupo de trabalho o qual consegue ser bastante integrado, reuniu-se numa noite, na casa do colega Paulo para assistir ao filme e discutir sobre o mesmo, foi uma atividade muito prazerosa como todas que realizamos juntos.
Esse filme conta a vida de um menino que foi condenado a permanecer por três anos numa clínica psiquiátrica, onde após descobriram que o seu problema era apenas surdez, ele não precisava ser afastado do seio familiar onde nem o irmão o conhecia. Ao tomarem conhecimento de que seu filho não tinha qualquer comprometimento cognitivo, os pais encaminharam-no a uma instituição de ensino que o ensinasse a vocalizar. Conhecido como "comunicação total", o método não teve qualquer eficácia no que possibilitaria o diálogo entre Jonas e seus pais.
A escola Terapia da Palavra considerava a única forma de comunicação aceitável a sonora e a leitura labial, restringindo as possibilidades. Suas técnicas eram trabalhadas em uma atmosfera que não favorecia a alegria e a interação entre os pares, ocupando o aluno exclusivamente com exercícios de repetição. Isso desencadeou em Jonas comportamentos agressivos e fez dele uma criança triste,sendo que não conseguia se fazer entender. A oralidade era imposta; Jonas aprendia a pronunciar palavras e acabava sem saber o que estava falando, ficando irritado e recebendo castigo como punição. Tudo ao redor de Jonas nada significava; Jonas foi literalmente excluído de seu mundo. As infindáveis tentativas de comunicar seus desejos e sentimentos eram frustradas, mal compreendidas, exceto quando o avô materno,interagia com o neto. Ele certamente compreendera ter na expressão facial e no olhar uma forma de interagir com Jonas, assumindo assim uma postura sempre muito natural e alegre.
Sua mãe percebia-se em uma teia de sentimentos em relação ao filho: frustração, impotência e culpa. Igualmente marcante era sua percepção quanto aos conflitos familiares que começaram a surgir em função da incapacidade de compreensão e sensibilidade do marido em relação ao filho.
Ao conhecer o “clube dos surdos” e a língua de sinais, passou a compreender que era possível comunicar-se com seu filho. Na medida em que se inteirava da língua de sinais, Jonas sentia-se parte integrante de um mundo que podia, agora, entendê-lo e que ele conseguia compreender. Encaminhado para uma nova escola, na qual a língua de sinais era cotidianamente adotada, sentiu-se seguro e criou vínculos afetivos, pois conseguiu interagir com as crianças e com os professores.

Um comentário:

Patrícia_Tutora PEAD disse...

Marines para que haja interação é preciso inclusão não é? Então qual o papel da família e da escola para que a inclusão aconteça de fato? abraços =)