sábado, 24 de outubro de 2009

DESCONTRAINDO E APRENDENDO COM O OUTRO

Ouvir falar,ver fotografias e ler sobre a História do nosso Rio Grande, não se compara ao estar ali e presenciar através da emoção e visualização do que restou das ruínas de São Miguel.
Dia dezesseis de Outubro, fui com um grupo de colegas e conhecidos conhecer as Missões, fomos a Santo Ângelo até São Miguel onde descontraindo participei das aulas de História que o nosso guia turístico nos proporcionou.Tivemos contacto com os índios vendendo seus artesanatos, assistimos o show "Luz e Voz" que nos arrepiou, foi como se estivéssemos naquela época presenciando o massacre dos índios guarani e a morte de Sepé Tiarajú.
A frontaria da Igreja de São Miguel, ao contrário das demais, está intacta, e tem 20 metros de altura. Não tem, porém, os detalhes trabalhados, que podem ser vistos nos restos das frontarias das igrejas de San Ignácio e Trinidad.
Ao lado direito da frontaria da igreja de São Miguel, está a torre, com 25 metros de altura, onde originalmente havia cinco sinos, um dos quais, com mil quilos, está no museu existente nas ruínas. Esse e os demais sinos podem ter sido fundidos na redução de São João Baptista, próximo dali, onde se instalou a primeira fundição da América Latina.
Essa torre foi demolida em 1938 e 39 e reerguida, com as pedras sendo colocadas nos mesmos lugares, pois, na época, já havia ameaça de ruir. A igreja deveria ter uma segunda torre, onde seria instalado um observatório astronômico, mas, com a guerra contra os portugueses e espanhóis e os conflitos posteriores, não houve tempo para que fosse erguida.
À direita da igreja, nos fundos, existem vestígios dos aposentos dos padres, com pisos originais e, ao redor do pátio, na frente desses aposentos, restos da prisão, cozinha, colégio, armazéns, arsenais e oficinas. No lado esquerdo, podem ser vistas as ruínas do hospital, casa de recolhimento (para as viúvas) e o cemitério, do qual somente resta parte do muro.
Descobrí nesse passeio que, realmente aprender participando e interagindo com o outro fortalece o nosso saber.

Um comentário:

Patrícia_Tutora PEAD disse...

Nossa Marines, esse passeio realmente é inesquecível e muito rico, eu já fiz... Vivenciar situações, participar e interagir com o outro fortalece a aprendizagem. Abraços